segunda-feira, 20 de maio de 2013

Resenha : Antes que eu vá.

Pequeno Spoiler: Essa não é Samantha.

Por Luana Lima

Sinopse - Antes Que Eu Vá - Lauren Oliver

Samantha Kingston tem tudo: o namorado mais cobiçado do universo, três amigas fantásticas e todos os privilégios no Thomas Jefferson, o colégio que frequenta — da melhor mesa do refeitório à vaga mais bem-posicionada do estacionamento. Aquela sexta-feira, 12 de fevereiro, deveria ser apenas mais um dia de sua vida mágica e perfeita. Em vez disso, acaba sendo o último. Mas ela ganha uma segunda chance. Sete “segundas chances”, na verdade. E, ao reviver aquele dia vezes seguidas, Samantha desvenda o mistério que envolve sua morte — descobrindo, enfim, o verdadeiro valor de tudo o que está prestes a perder. ... Em uma noite chuvosa de fevereiro, Sam é morta em um acidente de carro horrível. Mas em vez de se ver em um túnel de luz, ela acorda na sua própria cama, na manhã do mesmo dia. Forçada a viver com os mesmos eventos ela se esforça para alterar o resultado, mas acorda novamente no dia do acidente. O que se segue é a história de uma menina que ao longo dos dias, descobre através de insights desoladores, as conseqüências de cada ação dela. Uma menina que morreu jovem, mas no processo aprende a viver. E que se apaixona um pouco tarde demais.

Samanta Kingston é uma típica adolescente americana que superado os desafios iniciais da adolescência, graças à amizade rapidamente travada em uma festa com Lindsay, a bambambã do colégio,  consegue tudo o que sempre quis. É popular, namora um dos gatos do time de futebol americano da escola, tem amigas que ela acha o máximo.
Naquele dia 12 de fevereiro, Valentines Day, tudo o que Sam quer é perder a virgindade com o seu “super namorado”, além de ganhar muitas rosas no chamado “dia do cupido”- Evento que ocorre no seu colégio e que mede a popularidade das pessoas.
O que Sam não esperava é que sua vida terminasse nesse dia sem que ela concluísse seus planos.
O livro começa com Samantha descrevendo como é a morte, e o que ela sentiu no momento,das lembranças que não a agradaram  e estranhamente acordando novamente no seu quarto, revivendo todo o dia da sua morte. A princípio Sam acredita ter sonhado ou estar recebendo uma chance de conseguir não morrer, mas quando o dia acaba e tudo torna a acontecer, Sam percebe que antes de ir tem que mudar algumas atitudes, a fim de se libertar.
E isso acontece 6 vezes. Isso torna o livro um pouco enfadonho, eu ficava me lembrando da música Cotidiano do Chico Buarque:

"Todo dia ela faz tudo sempre igual  Me sacode as seis horas da manhã Me sorri com um sorriso sensual e me beija com a boca de hortelã"

 Por seis capítulos- um capítulo por dia- já que o primeiro não conta, é o dia D- vemos Sam tentar mudar algumas atitudes, tentando consertar atos que cometeu contra seus amigos e conhecidos da escola, com relação a seus pais e sua irmãzinha e principalmente com relação a seu amigo Kent e a Juliet, uma menina que sofre bullying liderado pela pela melhor amiga de Sam.
Alguns dirão que Sam era má e que sua morte foi merecida. Eu não enxerguei assim, Sam é apenas uma adolescente, que lógico tem atitudes muito próprias da idade e que morre acidentalmente. Não vi motivo para que ela fosse “castigada” para que revivesse sempre o mesmo dia a fim de “expiar” seus pecados.
E até Sam mostra esse pensamento:

Sei que alguns de vocês devem estar pensando que talvez eu mereça. (…) Mas antes que comece a me acusar, permita-me fazer uma pergunta: O que fiz foi realmente tão ruim? Tão ruim que eu merecia morrer por isso?
Tão ruim que eu merecia morrer assim?
O que fiz foi realmente tão pior do que o que todo mundo faz?
É realmente muito pior do que o que você faz?
Pense a respeito.”.

Acho que a ideia da autora era chamar a atenção dos adolescentes para questões como bullying, bulimia, relacionamentos amorosos errados, relacionamento com os pais e acho que ela conseguiria se não fosse tão cansativo, afinal ler várias vezes a mesma coisa não tornou o livro interessante. É bonito, mas chato.
O melhor do livro está na revelação final e no modo como ele termina em aberto, mas até isso é estranho, pois conforme Sam brinca de sete erros, muda de atitudes, ficamos sem saber se essas atitudes geraram algum tipo de conforto nas pessoas, se o que ela mudou efetivamente fez algum bem ou se ela deveria apenas encontrar a missão de sua existência para concluir sua vida.
Um belo livro, voltado para o público adolescente, e que te faz pensar sobre: E seu morresse agora? Do que as pessoas iriam se lembrar? Mas eu só recomendo para quem tem extrema paciência.

Extra:
A música que Sam está ouvindo no momento em que morre é Splinter, do Fallacy. Rodei toda a internet e não achei nenhuma referência  a música,então se alguém conhece, por favor me avise nos comentários para que eu possa adiciona-la aqui.

Resenha feita para o Desafio Super Desafiante, criado pela Clícia, do blog Silêncio que to lendo.
 Item 05 - Ler um livro em que um autor tenha a mesma  inicial que a sua. Não conhece o desafio? Veja aqui: Desafio Super Desafiante.
Esse livro foi uma cortesia do Grupo Livros Viajantes do  Skoob. Pertence a Camila Santos.

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